O Rolé Carioca por quem foi à região da SAARA
Por Rolé Carioca,
Formada em história pela UERJ, a professora Cristiane Carneiro, 28 anos, conta que sempre teve fascínio pela história do Rio de Janeiro. Para ela, popularizar este saber histórico, que muitas vezes fica restrito ao meio acadêmico, é o maior trunfo do #RoléCarioca. Ela enumera outros pontos positivos: “Poder comunicar isso a outras pessoas, para além da academia e também fora da sala de aula. Estar ao ar livre e ter contato direto com esse patrimônio, em diversos pontos da cidade, o que estimula mais o aprendizado. Ao mesmo tempo, com professores gabaritados nessa formação, para te orientar.”
A partir das lições do Rolé, pode entender um pouco melhor a história que aprendeu, ainda na faculdade, mas sem muito aprofundamento. Até porque estava voltada para a área de ensino– hoje ela leciona nas redes estadual e municipal de Mesquita, município do Grande Rio. Também observa que é mais seguro explorar certos espaços com mais gente: “Quando, num domingo, sozinha, eu poderia ter o prazer de caminhar por essas ruas, sem pensar em ser assaltada? Com o grupo, você se sente seguro para caminhar, para observar, entender e escutar.”
- Como conheceu o Rolé Carioca?
Pelo Facebook. Passei a acompanhar os passeios neste ano, a partir do percurso pelo Catete. Acabei perdendo o passeio dos 450 anos e o de Niterói.
- O que foi uma novidade para você neste passeio histórico?
Nesse Rolé pela SAARA, uma curiosidade história que não sabia foi sobre a igreja de Lampadosa, que teria sido onde Tiradentes fez sua última oração. Além de ser um dado interessante, traz o lado mais humano do personagem histórico – o desespero que ele deve ter vivido, antes de ser executado. Eu tinha conhecimento, por exemplo, sobre o nome da praça, que passou a se chamar Tiradentes num contexto republicano, por ele ser antimonárquico e exaltado pela República na época da mudança de Regime.
- O que você gostaria de saber mais sobre o que foi falado no passeio?
A questão da imigração dos árabes e de judeus foi um assunto que me chamou a atenção. É claro que, no passeio, por conta do sol, tem que ser feito de uma forma breve. Gostei muito da explanação dos professores e fiquei com vontade de pesquisar mais sobre isso, para entender melhor essa lógica de ocupação dos imigrantes.