Nosso projeto ultrapassa novamente os limites da cidade do Rio para caminhar pelo Brasil! Desta vez é a cidade de São Paulo que recebe mais uma edição do Rolé Brasil no próximo dia 19 de outubro, agora pela famosa região da Luz. Nesse roteiro, serão visitados espaços como o Memorial da Resistência, a Pinacoteca, o Museu da Língua Portuguesa e o Parque da Luz.
E rolou uma entrevista bem legal com a fundadora da M´Baraká e idealizadora do Rolé Isabel Seixas ao blog SP a Pé, que discute mobilidade na capital paulista do ponto de vista de quem caminha. Ao blog, Isabel contou como surgiu o Rolé Carioca e um pouquinho do impacto do projeto por onde passa. Em sua reflexão, o Rolé ajuda a pensar a cidade como espaço de memória e encontros e estimula a experimentação de novos caminhos, fazendo com que os participantes aproveitem de forma coletiva o espaço público.
“Uma coisa que a gente percebe é que esses roteiros quebram algumas barreiras invisíveis. Não é raro ouvirmos 'nunca vim neste lugar e sempre quis'. E a pessoa não tem um motivo claro — às vezes é por achar que não tinha roupa adequada ou que não iria entender. Enquanto a cidade deveria ser um lugar praticado, senão ela vira uma hipótese”, explicou Isabel. Curtiu? Leia a entrevista completa aqui.
Uma das contribuições dos roteiros do #RoléCarioca é estimular a caminhada entre pontos históricos da cidade que podem ser percorridos facilmente a pé. Dentro dessa perspectiva, de encorajar o caminhar entre trajetos curtos, a ONG SampaPé! junto com as iniciativas Caminha Rio e Giro Urbano, publicaram o mapa “Vá a pé Rio de Janeiro” com as distâncias entre todas as estações do Metrô da cidade. A versão do mapa da cidade de São Paulo já existe desde 2014 (pode ser baixado em pdf em http://bit.ly/vaape2018). A versão carioca pode ser baixada no link http://bit.ly/vaaperj.
A iniciativa quer desmistificar as distâncias, já que alguns trajetos entre duas estações são tão curtos que poderiam ser percorridos em menos de dez minutos de caminhada. Por outro lado, outros têm uma distância tão longa entre estações que poderiam entrar na programação de exercícios da semana ou estimular a demanda de se ter estações no meio do caminho.
Pelo mapa, é possível ver que a conexão entre as linhas verde e laranja muitas vezes é mais rápida a pé. A principal estação do Metrô, a Central, está a curto tempo de caminhada das estações seguintes: Praça Onze, Cidade Nova e Presidente Vargas. Também estão incluídos no mapa dois “atalhos” a pé entre estações de linhas diferentes, como é o caso das estações Estácio e Praça Onze, da linha laranja, para a estação Cidade Nova, da linha verde, que levam respectivamente 4 e 7 minutos a pé.
O mapeamento também mostra que algumas estações estão muito longe umas das outras. A distância “campeã” é entre as estações Jardim Oceânico e São Conrado, levando em média 1 hora e 40 minutos a pé.