O Rolé Carioca por quem foi a Copacabana
Por Rolé Carioca,
Faz tempo que a carioca Adriana Sabino, 63 anos, não mora mais na cidade em que nasceu: quase 40 anos. Primeiro, se casou com um mineiro e foi morar em Belo Horizonte, ainda na década de 70. Sete anos depois, mudou-se para os EUA, onde reside até hoje.
Por ter vivido no Rio de Janeiro na juventude, a arquiteta guardou na memória como era a Copacabana dos anos 50/60: “Isso aqui era o máximo, a época áurea do Rio. Minha avó morava no bairro, na r. Figueiredo Magalhães, e eu vivia aqui. Quando o professor apontou a esquina da r. Barão de Ipanema, onde agora é uma agência do Banco do Brasil, trouxe muitas lembranças da Confeitaria Colombo que ali existia”. No #RoléCarioca por Copacabana, teve oportunidade de reencontrar o bairro que não frequenta mais, sob um novo olhar.
Depois de tantos anos, o que achou de rever Copacabana? Está melhor, pior, igual?
Nasci em 1953. Vi o bairro ser um polo de desenvolvimento cultural, como a bossa nova e toda aquela intelectualidade. Depois, aquela Copacabana decaiu, não era legal, não dava vontade de entrar aqui. Agora estou notando uma gentrificação (processo de mudança imobiliária, nos perfis residenciais e padrões culturais), principalmente nessa área do Posto 5, com restaurantes modernos, barzinhos e muita gente jovem se mudando para cá, porque o preço ainda é mais baixo. Então essa geração jovem, na faixa dos 30, 30 e poucos anos, está vindo e trazendo esse movimento, o bairro está voltando à moda.
O que você não sabia sobre Copacabana e descobriu nesse #Rolé?
Fui apresentada às curiosidades do início do século. Achei o máximo essa história de tomar banho de mar de forma medicinal, bem cedinho e depois passar na leiteria. Se bem que, a pessoa que vinha nadar um quilômetro no mar antes das 8h não precisava de mais nada, né? rs.
Sentiu falta de alguma informação no #Rolé por Copa?
Pra mim, não faltou nada. Adorei o programa. Deu uma visão completa do bairro, integrou com a história do Rio. Faço esse tipo de programa em todo lugar do mundo que viajo e também na cidade onde moro e achei muito interessante! Primeiro porque Copacabana tem muito assunto. Segundo porque o professor (Rainha) era excepcional, fala muito bem, deu o contexto histórico, social... E fiquei impressionada com o número de pessoas interessadas, sensacional!